Relato 'Acidente de Moto' - Durval Duarte Júnior

Caros colegas da Seicho-No-Ie,

Saudações.

Gostaria de compartilhar com vocês um episódio que aconteceu comigo dia primeiro de março passado.

Um dos meus hobbies é motociclismo. Dia 1º de março estava vindo de Jaú para Jundiaí de moto. Minha esposa vinha atrás de carro. Parei para abastecer a moto numa pequena cidade chamada Brotas. Ao sair desta cidade imaginei que minha esposa havia já me ultrapassado, pois eu havia demorado cerca de dez minutos.

Acelerei a moto a velocidades mais altas para alcançá-la. É uma moto grande (veloz) e a mesma obedecia bem meus comandos. Depois da serra de Rio Claro (mais de 50 km de Brotas), não havia ainda alcançado minha esposa. Acelerei mais forte e a moto vinha podando todos pela estrada. Porém, numa curva a + ou - 150 km/h o pneu da frente da moto passou em cima de algo que havia na pista (latinha de cerveja amassada, pedra, mancha de óleo ou algo do tipo). O pneu da frente deu uma “falseada” (escorregada) e a moto começou a ir para a esquerda, na direção daquela cerca de aço que divide as duas pistas.

Tentei consertar a situação virando o guidão para a direita, no que a moto “obedeceu” e iniciou uma jornada à direita. Porém do outro lado, na direita da pista também havia um obstáculo e a moto estava indo em direção ao barranco da direita da estrada.

Tentei a todo custo frear a moto com os dois freios, esterçando-a para a esquerda. Apesar dos esforços não tive êxito. A mesma começou a ralar o barranco até que perdi o equilíbrio. Fomos os dois escorregando pelo asfalto. Creio que nesta altura a moto estava a uns 80 km/h. Foi tudo muito rápido!

Devo ter ficado inconsciente durante alguns minutos. Quando acordei conseguia ver vultos de várias pessoas tentando falar comigo. Mais alguns instantes e percebi que estava deitado no asfalto. Olhei para uma de minhas mãos e havia bastante sangue. Lembro-me de ter perguntado a alguém que estava em volta: “Porque minha mão está sangrando assim? Por favor, arrume algo para enxugar minha mão”. Logo após percebi que haviam pessoas fardadas (Policiais Rodoviários) e o som de sirene (do Resgate). 

Fui atendido pela Polícia Militar e o pessoal do Resgate. Vieram “apressados” com tesouras cortando toda minha roupa em busca de ferimentos. Muitas perguntas: Dói aqui, dói aqui, pode me ver, me escuta? E, aos poucos, foram me amarrando numa maca. Puseram-me numa viatura e saímos a toda velocidade com a sirene ligada. Fui levado para a Santa Casa de Rio Claro. Lá chegamos cerca das três horas da tarde e permaneci cerca de 8 horas, até as onze horas da noite, fazendo diversos exames.

Lá pelas oito horas da noite veio um médico e me disse que não havia sido constatado nenhuma fratura. Pediu para que eu tomasse banho para que fossem feitos os curativos. Quando tirei o lençol que me cobria percebi que estava praticamente nu, pois o Resgate havia cortado toda minha roupa. Desci da maca com muita dificuldade e com muito esforço dei alguns passos até o banheiro. Lá tentei, com dificuldade, tirar um pedaçinho de roupa que cobria minha cintura.

Neste momento notei que havia algo estranho (uma coisa de consistência mais dura) junto aos farrapos de roupa. Com muita dificuldade desvencilhei este algo que havia lá. Olhei para baixo e vi o que era: A pequena SUTRA SAGRADA. A única coisa que havia resistido ao tombo e aos inúmeros cortes das tesouras do pessoal do Resgate. Não tenho vergonha de dizer que lágrimas escorreram de minha face.

Estou muito feliz por estar vivo! Mais uma vez, meus agradecimentos a todos que oram por mim e neste momento o maior e mais profundo sentimento do fundo do meu coração e da minha alma é de um agradecimento indescritível a Deus Pai por ter, mais uma vez, salvado minha vida. 

Estou me recuperando. Estou começando a andar com dificuldade, porém, muito contente em estar aqui VIVO escrevendo a vocês esta incrível experiência.

Deus me salvou, tenho certeza! Quando vi meu capacete chorei muito, está todo totalmente esfolado - esmerilhado. Deus salvou minha vida, pois eu estava sem jaqueta e sem calça de couro, foi um milagre! Não conheço ninguém que caiu a 150 km/h nestas condições e está ainda por aqui entre nós.

Muito obrigado.

Reverências.
Durval Duarte Junior.



PS: Este relato foi escrito cerca de uma semana após o acidente. Hoje, 90 dias após o acidente estou quase que totalmente recuperado. Já faço caminhadas diárias com minha esposa num parque perto da nossa residência e hoje vim trabalhar de MOTO!

Estou bem graças a Deus! Faço oração de agradecimento aos antepassados sempre que possível. Após o acidente, na primeira vez que fui fazer a oração de agradecimento aos antepassados aconteceu um fato curioso. Tive que interromper a oração devido a um barulho absurdamente alto de um veículo que passava muito rápido perto de minha residência: O barulho de uma MOTO!

Bom, caros colegas, creio que não precisa escrever mais nada...


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