Sou agora, um reflexo dos desejos que carrego no peito. As vezes, pareço águia, voando alto, e impondo respeito. As vezes acordo de mal comigo, e nada anda, nem eu mesmo. E me dou esse direito, de ser assim instável, Como o planeta que ao girar, coloca-nos de ponta cabeça. E deve ser nesse momento que parece inacreditável, que eu me transformo, e por vezes me revolto, e quero ter tudo que eu nem sei pra que serve. Um desejo de consumir, de comprar, de ter e ser. Tudo para cobrir um buraco que existe em mim, e culpo essa vida maluca com tantas cobranças sem fim. Aprendi então, diminuir o ritmo, me desligar, assim como desligo a tv e o meu celular. Para prestar atenção em mim, na minha respiração. Minutos em silêncio onde ouço o grito da minha alma, que pede esses instantes de calma… E é nesse instante de meditação, que ouço vozes da alma e do coração. A razão pede que eu conquiste, a emoção quer que eu fique. Fique mais em casa, fique mais com minha família,