Guardados Dia desses, conversando com um amigo, ele nos confidenciou a sua mania de guardar caixinhas. Ao lhe perguntarmos o porquê, ele não soube nos dizer. Simplesmente afirmou que as guarda. Caixas grandes, pequenas, médias, de todos os tamanhos. Sóbrias, coloridas. Nacionais, internacionais. Ouvindo-o falar, recordamos de como guardamos coisas sem utilidade. São vestimentas e utensílios que nos lembram alguma ocasião especial e que nunca serão utilizados. Quinquilharias que entulham gavetas, como se portas adentro do lar erigíssemos um museu. Colecionamos jóias caras, que usamos esporadicamente, quando o fazemos, pois que tememos o roubo e o furto. Guardamo-las em cofres hermeticamente fechados. Nossos valores. Heranças. Mimos exclusivos. E contudo, todos sabemos que tais valores passam, não são imperecíveis. Para nós, terão a exata durabilidade de uma vida, pois que em partindo para a Pátria Espiritual, não os poderemos levar conosco. Assim sendo, seria mui