O homem não morre
O homem possui o desejo de progredir infinitamente. É um desejo sincero e veemente. Desejamos conhecer a origem da nossa existência, queremos descobrir a Lei que atua por trás dos fenômenos, buscamos o bem, perseguimos o belo e aspiramos ao progresso e à elevação com uma sede insaciável. É inconcebível a ideia de que o Eu verdadeiro – ‘Vida-indivíduo’ e sujeito* dessa aspiração ardente – desapareça com a morte do corpo. Tal ideia é absurda.
O corpo morre. O cérebro deixa de funcionar. A consciência que se manifesta através do cérebro desaparece. Mas isso não significa a morte da mente. O homem, cuja essência é a mente, jamais morre. Somente a ‘roupa’ do homem (corpo), visível aos olhos carnais, desgasta-se e torna-se ‘esfarrapada’. Apenas os ‘óculos’ (olhos físicos) se quebram e tornam-se inúteis. Mesmo que os ‘óculos’ fenomênicos se quebrem, os olhos espirituais continuam vendo e percebendo. Mesmoi após tirar as ‘roupas’ carnais e os ‘óculos’ carnais, a nossa alma continuará na posse dos conhecimentos, da sabedoria, da capacidade, da compreensão da Verdade e de inúmeras experiências adquiridas por meio desses ‘instrumentos’ carnais e estará à espera de novas experiências para mais uma etapa de progresso. Somos seres eternos; somos Vida que evolui sem limites, manifestando sempre o infinito que abrange dentro de si.
Do livro Sabedoria da Vida Cotidiana em 365 Preceitos, volume 1, 1ª edição, página 127 – Masaharu Taniguchi
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