Quando dizemos 'O corpo carnal não existe' ou 'A matéria não existe', estamos querendo dizer também que 'na verdade, o homem não é corpo carnal, não é feito de matéria'. Os nossos sentidos 'traduzem' o homem como 'corpo carnal' e todas as coisas como 'existências materiais' por conveniência, pois essa 'tradução' facilita a nossa vida cotidiana. Podemos dizer que é uma 'tradução incorreta', pois a essência de todos os seres não é matéria. Se formos diretamente à essência, em vez de recorrer à 'tradução', compreenderemos que até mesmo as coisas aparentemente materiais são manifestações da Vida de Deus. Sakyamuni disse: 'Monte, rios, ervas, árvores, terra, enfim, tudo é manifestação de Buda'. Aquilo que parece matéria não o é. Aquilo que parece corpo carnal não o é. Se o 'traduzirmos' de modo correto, encontraremos o Homem Espiritual, que é a própria manifestação da Vida de Deus.
Ao compreendermos que as coisas que parecem matéria não são matéria, e sim manifestação da Vida de Deus, e que o homem, embora pareça corpo carnal, não é corpo carnal, e sim um ser espiritual, despertamos para a verdade de que não existe nada que seja simples matéria. Ver as coisas como simples matéria e o homem como simples corpo carnal é ilusão ou visão resultante da 'tradução incorreta'. Esse é o significado das expressões 'A matéria não existe' e 'O corpo carnal não existe'.
Do livro Sabedoria da Vida Cotidiana em 365 Preceitos, volume 2, página 136 - Masaharu Taniguchi
Comentários
Postar um comentário