Entremeios
Na esperança de alcançar meus sonhos.
Tentei mais uma vez lutar pela felicidade.
Ri da minha própria falta de sorte.
E me vi assim, desiludido mais uma vez.
Mentiram quando disseram que a felicidade existe?
E mentiram ainda mais quando disseram que era para mim?
Isolei-me para pensar, e a tristeza sentou-se comigo.
Onde está essa tal felicidade que busco e não acho?
Sinceramente, nem sei o que busco, me disfarço…
Foi então que me peguei cantando.
Esta cantiga dos tempos de criança.
Lembrei-me da simplicidade em que eu vivia.
Inocente em meus brinquedos, na felicidade de ter amigos.
Cada um era um tesouro, como meus brinquedos surrados e antigos.
Ia a escolinha como quem vai para um parque.
Dava gosto ver a minha professora.
A tarde passava rápido e ao voltar para casa,
Do dia que já ia terminar, eu guardava uma certeza:
Eu era feliz com o “muito” que eu tinha.
E era tão pouco, e eu nem sabia…
Quantas vezes esperamos ter isso, ter aquilo para sermos felizes.
Perdemos um tempo inútil na busca de algo que nos complete,
de alguém que possa nos fazer felizes.
Só depois de muito tempo, descobrimos finalmente,
que a felicidade está em nós, onde nós estivermos,
com quem e com quanto estivermos, se estivermos bem.
“Temos sempre mais do que precisamos para viver a felicidade.
Tolamente achamos que precisamos sempre de algo mais.”
Encontre-se ainda hoje e pare de procurar quem pode te fazer feliz.
A resposta está bem embaixo do seu nariz.
No reflexo do seu espelho, onde eu vejo,
quem está pronto para viver a vida que sempre quis:
você!
Paulo Roberto Gaefke
www.meuanjo.com.br
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