Não se alcança a salvação envaidecendo-se das boas ações

     Os chamados homens bons, que possuem a convicção de serem bons, vangloriam-se do bem praticado com seu próprio esforço. Sentem-se orgulhosos das boas ações que praticaram e acham que pelo mérito desses atos de bondade serão salvos ou adquiriram o direito de serem salvos. Para alcançar a salvação, não basta ir acumulando passo a passo uma, duas, ou três boas ações.
     O Bem infinito se situa além do infinito-caminhar, e aqueles que ficam a se vangloriar de uma ou duas boas ações praticadas jamais conseguirão se aproximar desse infinito. Não significa que seja errado acumular boas ações no plano fenomênico.
     Significa que a verdadeira boa ação se manifesta quando a pessoa deixa de se apegar a toda e qualquer boa ação fenomênica, a cada boa ação no aspecto formal. Mas a Seicho-No-Ie ensina que a salvação não depende de cada uma das boas ações, mas da Imagem Verdadeira, ou seja, não depende da força pessoal nem força alheia, mas da força absoluta da Imagem Verdadeira. A força absoluta da Imagem Verdadeira está imanente em todas as pessoas, e unicamente essa Imagem Verdadeira é a essência da pessoa, portanto, o homem está salvo desde o princípio.

Do livro A humanidade é isenta de pecado, capítulo 3 - Masaharu Taniguchi

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