Nas páginas da Vida


Vou escrever na minha página da saudade,
uma doce recordação de um tempo que não volta mais.
Tempo em que eu acreditava mais do que duvidava.
Onde eu falava rindo, e o pranto era apenas pela emoção.
Eu era feliz com muito pouco, e ouvia meu coração.

Vou escrever na página da realidade,
uma triste constatação, que quanto mais envelhecemos,
mais nos distanciamos dos sonhos puros, do acreditar.
Quanto mais vivemos, mais duvidamos, ficamos amargos.
Envelhecer não é sinal de maturidade.
Há jovens sábios e velhos tolos.
E Felicidade realmente não se conquista com a idade.

Vou escrever por fim, na página da alma,
uma certeza que me acalma e me deixa confiante:
Tudo posso realizar, tudo posso escolher, nada é tão distante.

Entre o aceitar e o fazer existe uma grande barreira:
é o meu sim ou o meu não que podem me levar,
para o cansaço do morro ou a facilidade da ladeira.

Somos donos do nosso caminho, e não há desculpa para ser infeliz.
Não existe falta disso ou aquilo que justifique a tristeza.
Já vi crianças rindo na maior miséria,
e milionários chorando diante de um simples exame de saúde.
Alegria no Inverno ou na Primavera.

Por isso, escolha o que vai escrever no seu livro da vida:
páginas dramáticas, humor, amor ou romances deliciosamente duradouros.
O escritor é você!
E é só acreditar e lutar pelo final feliz.
Ninguém merece mais a felicidade que você.
Disso eu sei.
E você? Já sabe?
Acredite em você.

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Paulo Roberto Gaefke

www.meuanjo.com.br

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