A unicidade do tempo
Ao tempo são atribuídos muitos adjetivos, para algumas pessoas ele é a personificação de um carrasco, implacável e impiedoso que não respeita nada, nem ninguém, sua passagem é quase imperceptível, mas seus efeitos são evidentes e muitas vezes destrutivos, leva consigo os segundos, os minutos, as horas, os dias, os meses, os anos, a juventude, a vida, separa os casais apaixonados, acaba com os dias perfeitos; Para outras o tempo é a própria esperança, onde tudo de bom está guardado e sutilmente nos será entregue, em um futuro que desconhecemos se escondem os sonhos, as calmarias, as curas, as realizações, um grande amor, o sucesso, a vida perfeita e plena que acreditamos merecer; Diante desse contraste onde uns sofrem os temores e os pesadelos das perdas advindas da passagem do tempo e outros esperam inquietos a sua passagem, ansiosos pelas surpresas e possíveis soluções que ele talvez traga; Temos um outro, pequeno e feliz grupo, que não vê o tempo passar, não espera o tempo chegar, as pessoas desse grupo se fundem ao tempo, seguem com ele, fluindo com maestria por suas sinuosas curvas, por seus altos e baixos, se despedindo com alegria do que fica para trás, recebendo com paz no coração o que chega, sempre agradecidos por tudo que ficar, independente do tempo que ficar, pois isso na verdade pouco importa, sendo que temos apenas o agora e assim o tempo deixa de ser um fim e descobrimos que ele é na verdade, o meio pelo qual tudo acontece, ele é a oportunidade de ser, acontecer e seguir, sem amarras, sem lamentações, sem resistências, apenas oportunidades para experimentar, aprender, crescer, evoluir e se permitir seguir.
ALEXANDRE CANDIDO SALAZAR - PARAPSICÓLOGO CLÍNICO
ALEXANDRE CANDIDO SALAZAR - PARAPSICÓLOGO CLÍNICO
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