O pedaço que nos falta
Desde o início de nossa jornada terrena somos movidos pela curiosidade, somos mestres na arte de viver o presente, sedentos por interagir com o mundo que nos rodeia, olhamos a tudo com atenção e nos encantamos com cada forma ou cor ao nosso alcance, apreciamos grandemente as possibilidades do toque, seguido dos sabores e dos sons, tudo para mergulhar cada vez mais fundo no universo do sentir, desfrutando cada sensação disponível, desde as mais simples, mas não menos capazes de nos provocar um sorriso inesperado, de nos incentivar a seguir satisfeitos pelos caminhos intensos do viver. Infelizmente, em um ponto dessa jornada, nos perdemos de nós mesmos e assim perdemos a habilidade de estar presente, de sentir livremente as possibilidades do viver, perdemos nossa identidade e assumimos um papel qualquer, nos vestimos de um personagem que apresentamos como sendo quem somos e com o tempo passamos a acreditar realmente nisso e nem percebemos o quanto a manutenção dessa ilusão, se