A liberdade


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     O nosso primeiro impulso diante da vida é conquistar a liberdade e para cada nível de liberdade que se alcança, gradativamente se herda uma responsabilidade equivalente, ao se libertar do útero materno, surgem os riscos básicos de sobrevivência, que antes eram naturalmente supridos pelos cuidados da mãe com ela mesma, ao se libertar do colo que nos envolve, assumimos os riscos frente as quedas e dores que nossos passos pode nos proporcionar, ao se libertar dos limites controlados e monitorados pelos adultos, assumimos maiores e desconhecidos riscos, mas que são necessários ao processo de desenvolvimento de nossas habilidades e individualidade. Desejamos muito mais a liberdade do que queremos as responsabilidades que herdamos com ela, mas esse é um preço do qual não podemos abrir mão, podemos até fingir que não sabemos que ela existe e muitas vezes outras pessoas até contribuem para a manutenção dessa ilusão, mas cedo ou tarde a realidade se faz presente e querendo ou não, temos que encarar nossa parcela de responsabilidade. A jornada pela conquista da liberdade e consolidação das responsabilidades, se estende muito além das exigências sociais do mundo exterior no qual estamos, mas acontece principalmente no mundo interior que somos, onde residem nossos condicionamentos e nossas programações, as quais temos a oportunidade de fortalecer as boas e confrontar e reorganizar as inadequadas, pois muitas dessas foram herdadas e muitas outras aprendidas ou construídas em momentos de pouca maturidade, de quase nenhuma capacidade de questionamento lógico, permitindo que falsas ideias se solidificassem se tornando as verdades, que direcionariam nossos passos, definiriam nossas escolhas, muitas vezes até resultados indesejados. Erroneamente lutamos mais para derrubar os limites impostos ao corpo, do que os que aprisionam nossa capacidade de pensar, sentir e agir, é preciso se voltar para dentro entender os próprios sentimentos, os movimentos internos que nos levam a fazer isso ou aquilo, os estímulos externos podem até ser importantes em um segundo momento, isso quando alguma coisa puder ser feito a respeito, mas em primeiro lugar vai estar sempre os processos e mecanismos internos, que nos pertencem e cabe a nós encontrar e fazer uso das chaves que nos libertam e nos colocam diante das responsabilidades, que podem até parecer muito pesadas, mas que se tornam insignificantes diante da possibilidade de ser plenamente livre, para ouvir, para perdoar, para doar, para ceder, para não querer ter sempre razão, mas principalmente para ser feliz
ALEXANDRE CANDIDO SALAZAR - PARAPSICÓLOGO CLÍNICO

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