O Natal
As vezes penso que o Natal devia ter um nome diferente, para nos fazer lembrar todos os anos, qual o seu verdadeiro significado, pois cada vez mais isso vem se perdendo frente aos apelos consumistas da grande mídia e suas infinitas formas de sedução, onde a imagem do bom velhinho e seus muito presentes se sobrepõem ao nascimento de Jesus, é verdade que nem todos comemoram o Natal da mesma forma, nem todos tem as mesmas convicções religiosas, mas essa data deveria manter viva a lembrança e fazer prevalecer além de tudo o seu significado, que pode ser visto de forma religiosa, ou tão somente de forma histórica e científica, em que um homem veio ao mundo, nasceu, cresceu, trabalhou humildemente e viveu para deixar um exemplo de vida, que todos deveríamos respeitar e tentar fazer o máximo para seguir. Seu legado tem a capacidade de mudar a vida das pessoas e consecutivamente mudar a forma com que a sociedade caminha, mas esse não é uma caminho fácil, ele exige disciplina e disposição para mudança, exige atitude para não julgar, exige a prática da empatia e principalmente que saibamos Amar incondicionalmente a todos, talvez por isso o apelo consumista seja tão bem aceito por um número tão grande de pessoas, ele exige muito pouco de nós, na verdade serve como uma tentativa de compensar nossa ausência, nossa ineficiência em nos relacionar, por meio de um presente, muitas vezes de alto preço, mas de baixo valor e nenhum significado. Sem dúvida temos muito que aprender sobre a bondade, caridade e amor, mas não vamos conseguir isso em um único dia, por isso espero que esse dia seja apenas o início, de muitos dias, repletos, não de presentes, mas de momentos felizes, de ótimas companhias, de abraços acolhedores, de muito amor, de grandes significados na vida de todos nós.
Alexandre Candido Salazar
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