Seguindo a massa e sendo infeliz


Vivemos o tempo das coisas passageiras.
das emoções fúteis e rápidas.
Dos mil beijos de bocas diferentes.
Do sexo pão com manteiga, rápido e as vezes indigesto.

Queremos muito alguma coisa agora,
para daqui a meia-hora desprezarmos.
O celular da moda de hoje é o tijolo de amanhã.
A roupa mais chique será o “mico” dos guarda-roupas logo, logo.

Começamos o dia com a certeza de que os problemas serão maiores
que a nossa capacidade de vencê-los.
Teremos tantas insatisfações,
tantos desejos negativos que acabaremos o dia exaustos…
E com uma certeza maior ainda: não valeu a pena.

E por que a vida não vale a pena?
Por que o dia não valeu a pena?
Porque nossos sentimentos estão focados no mundo,
e o mundo ensina consumir, ter, possuir.

Para ser da turma tem que ter o tênis tal, a calça tal,
tem que beber e beber muito, tem que fumar isso, usar aquilo.
E lá vai a massa seguindo os perdidos.

E enchemos os consultórios dos psiquiatras com nossas insatisfações,
e lotamos as farmácias com nossas receitas de tarja preta.
Estamos nos fechando em problemas que nós mesmos criamos e fazendo deles um tormento.
Parecemos adolescentes onde tudo é enorme, tudo é maior que a gente.

Acorde para a beleza da vida que passa.
Para o tempo que te pertence.
Não se perca em desejos tolos e inúteis.
Fortaleça as relações reais, as que trazem ombro, cheiro, abraços e vida.
Não deixe o tempo escorrer pelos dedos atrás de sonhos fúteis.
Tem muita coisa que não custa nada no mundo e capaz de te fazer feliz.
Descubra-se capaz de ser a pessoa mais feliz, sendo quem você é de verdade.
Ame-se profundamente e exija da vida o seu maior direito, em qualquer idade,
a sua FELICIDADE.

Acredite em você

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Paulo Roberto Gaefke

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