Caixa de promessas

As vezes fico pensando porque é tão difícil ter metas na vida, mas aproveitar cada momento da viagem, ao invés de ficar sonhando exclusivamente com o destino, sendo que nem ao menos temos certeza se ele chegara e muito menos se será como sonhamos, nos iludimos por irresponsabilidade própria e acabamos por amargar a frustração de nossa própria criação, onde na maioria da vezes somos incapazes de assumir isso e atribuímos a terceiros essa responsabilidade, vivemos a vida e os relacionamentos como experiências vinculadas a caixas de promessas que na verdade não existem, nós que as criamos com base em expectativas pessoais e irreais e que nos achamos dignos delas mesmo quando não fazemos o mínimo para merecê-las, quando vamos parar de viver relacionamentos de utilidade, onde o que importa é o quanto o outro pode ser útil para atender nossas necessidades e aparentemente fazer-nos felizes, quando para variar vamos nos dedicar um pouco mais por aqueles que amamos, nos preocupando com o que sentem e em como reconforta-los, quando vamos parar de viver a vida pelo que ela tem a nos oferecer e vamos nos perguntar o que temos a oferecer para a vida, precisamos aprender a dar mais valor a vida e encontrar nela não o caminho do consumismo e do prazer imediato, mas um sentido que nos conduza não ao melhor que podemos ter, mas ao melhor daquilo que podemos ser.
ALEXANDRE CANDIDO SALAZAR - PARAPSICÓLOGO CLÍNICO

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